segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Rendas do Nordeste

A Origem: 
Surgiu nos fins da idade média, sobretudo na França, Itália, Inglaterra e Alemanha. A renda chegou ao Brasil no século XVIII, através das famílias portuguesas colonizadoras, um oficio praticado  pelas moças de fino trato.
A Lenda: 
Há uma lenda sobre sua origem que diz: que “um jovem pescador usando pela primeira vez uma rede de pescar tecida pela sua noiva, apanhou do fundo do mar uma belíssima alga petrificada, que ofereceu à sua eleita. Tempos depois, partiu para a guerra. A noiva, saudosa e com pensamento voltado para o ausente, um dia, teceu outra rede que reproduziu o modelo da alga; os fios dessa rede eram terminados por pequenos chumbos. Assim foi descoberta a renda chamada “a piombiini” ou de chumbos; os chumbos foram posteriormente substituídos por bilros. Dessa forma, de um pensamento amoroso teria surgido a renda de bilros.” ( Rendas e Bordados do Maranhão – FUNC-MA)
O TRABALHO DA RENDEIRAS
O trabalho de rendeira proporciona uma viagem ao imaginário feminino que tecem o dia a dia com finos fios. A tradição de tramar as linhas é real e passada de geração em  geração de uma mesma família, é que parece torná-las o que são: mulheres que lutam bravamente e que, ao mesmo tempo, desempenham um trabalho delicado. Com paciência e maestria seguem fazendo a renda da mesma forma que outras muitas gerações de mulheres de sua família já faziam, mas revisitam e atualizam as formas e os pontos que fazem hoje. De modo que estão, ao mesmo tempo, com um pé no passado e outro no presente.


Podemos encontrar diversos tipos de renda : Filé (Salgado de São Félix, Paraíba), Renascença (Jataúba, Pernambuco), Irlandesa (Divina Pastora, Sergipe), Labirinto (Ingá, Chá dos Pereira, João Pessoa), Renda de Bilro, Ponto Cruz, Ponto Cheio, Rendendê e Crochê.



Na novelo Flor do Caribe podemos dar destaque para a renda de birlo, renascença e o bordado richelieu, feito pelas rendeiras do nordeste.  Além de toalhas, também foram usadas colchas para vestir Grazi que por ser a protagonista, é ela que carrega o primor das rendas nordestinas.









E como nao falar de Martha Medeiros?

Martha é Alagoana, herdou da avó a paixão pela artesania. Seu trabalho se diferencia por resgatar o luxo das tramas 
feitas à mão. Ela se inspira na delicadeza da renda, criando peças que são verdadeiras obras de arte. Ela utiliza as técnicas de costura mais sofisticadas, completando com horas de trabalho manual, a fim de assegurar a cada peça um acabamento perfeito.  

Ela trabalha com aproximadamente 250 mulheres, organizadas em cooperativas de rendeiras em pequenas cidades alagoanas, às margens do Rio São Francisco. Elas estão envolvidas no processo de confecção de rendas como a tradicional Renascença, além de outras técnicas como: Filé, Richilieu, Bilro e a delicadíssima renda Boa Noite, confeccionada apenas na Ilha do Ferro, no meio do São Francisco, a 320 km de Maceió.









Elas usam:









Não tem como não se apaixonar !!!
Esperam que tenham gostado de saber um pouquinho mais sobre esse trabalho artesanal.
Beijoooooos 

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